Conheça o novo antibiótico que promete acabar com superbactérias

A Teixobactina é a esperança na luta contra as superbactérias. Saiba mais sobre esse novo medicamento e seu potencial para salvar vidas.

Cerca de 700 mil pessoas morrem anualmente vítimas de superbactérias. A boa notícia é que cientistas anunciaram a descoberta de um antibiótico inovador com potencial para combater as infecções causadas por essas bactérias resistentes aos tratamentos tradicionais.

Isso mesmo! Recentemente, pesquisadores da Universidade de Liverpool conduziram um estudo que evidencia a superioridade de um novo antibiótico sintético em comparação com alguns fármacos já existentes, os quais são reconhecidos por sua eficácia contra superbactérias. Entenda mais a seguir!

O que são superbactérias?

Superbactérias são aquelas bactérias que desenvolveram resistência aos antibióticos, tornando as infecções por elas causadas mais difíceis ou impossíveis de tratar. Essa resistência é um problema de saúde pública mundial que exige medidas preventivas urgentes.

As superbactérias podem surgir de diferentes modos. Por exemplo, o uso excessivo e inadequado de antibióticos, tanto em humanos quanto em animais, contribui para o surgimento de bactérias multirresistentes.

Além disso, a má higiene e o saneamento básico precário também facilitam a proliferação de superbactérias. O agravante se deve a falta de pesquisa e desenvolvimento de novos antibióticos, visto que limita as opções de tratamento para infecções resistentes. Contudo, pesquisas atuais podem reverter esse quadro.

5 tipos de superbactérias mais perigosas do mundo

Como vimos anteriormente, as superbactérias representam uma séria ameaça à saúde. São microrganismos que desenvolveram resistência a um ou mais antibióticos, tornando-as difíceis de combater. Confira as mais danosas:

1.   Acinetobacter baumannii

Encontrada em ambientes hospitalares e úmidos, a acinetobacter baumannii causa infecções graves em pacientes com sistema imunológico debilitado. Sem contar que é altamente resistente a diversos antibióticos, incluindo carbapenêmicos, considerados a última linha de defesa.

2.   Pseudomonas aeruginosa

Presente em água, solo e ambientes hospitalares, pseudomonas aeruginosa é responsável por infecções pulmonares, urinárias e de pele, especialmente em pessoas com doenças crônicas. É resistente a diversos antibióticos, tais como betalactâmicos e aminoglicosídeos.

3.   Enterobacteriaceae

Enterobacteriaceae diz respeito a uma família de bactérias que inclui escherichia coli (E. coli) e klebsiella pneumoniae, causadoras de infecções urinárias, pulmonares e intestinais. É altamente resistente a antibióticos como penicilinas, cefalosporinas e carbapenêmicos.

4.   Enterococcus faecium

Presente no intestino humano e em ambientes hospitalares, enterococcus faecium pode causar infecções urinárias e da corrente sanguínea. Aliás, é considerada resistente à vancomicina, um antibiótico usado para tratar infecções graves por Gram-positivos.

5.   Staphylococcus aureus

Consideradas uma das bactérias mais perigosas do mundo, staphylococcus aureus pode estar presente na pele e nas mucosas de humanos. Assim, está associada a diversas infecções, desde leves até graves, como pneumonia, meningite e endocardite. Possui diferentes cepas resistentes a antibióticos, incluindo meticilina (MRSA) e vancomicina (VRSA).

Quais são os riscos das superbactérias?

É importante lembrar que as superbactérias apresentam diversos riscos graves para a saúde humana e para a eficácia dos tratamentos médicos.

A começar pelo fato de que desenvolvem resistência aos antibióticos convencionais, o que faz com que os tratamentos tradicionais sejam menos eficazes. Ou seja, as infecções comuns podem se tornar mais difíceis de serem controladas e tratadas.

Desse modo, infecções bacterianas que eram anteriormente tratáveis com antibióticos podem se tornar mais graves e prolongadas devido à resistência bacteriana, podendo resultar em complicações mais sérias para os pacientes.

O tratamento de infecções causadas por superbactérias pode exigir terapias mais extensas, medicamentos mais caros e, em alguns casos, hospitalizações prolongadas. Dessa forma, os custos associados à assistência médica podem aumentar.

Além disso, com a resistência bacteriana, as opções de tratamento para algumas infecções tornam-se limitadas. Por consequência, os pacientes podem ser ver em uma situação vulnerável, com menos alternativas eficazes disponíveis.

Teixobactina: uma esperança na luta contra as superbactérias

Um grupo de cientistas criou variantes sintéticas e simplificadas da molécula teixobactina, um composto natural derivado de uma bactéria do solo. Ele atua inibindo a síntese da parede celular bacteriana, um mecanismo de ação inédito que pode ser crucial para superar a resistência a bactérias multirresistentes.

E os resultados foram promissores. Os testes em laboratório mostraram que a teixobactina é altamente eficaz contra diversas superbactérias, incluindo as temidas Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA). O antibiótico também se mostrou eficaz em camundongos com infecções por superbactérias.

Ainda em fase inicial de desenvolvimento, a teixobactina precisa passar por testes clínicos rigorosos para avaliar sua segurança e eficácia em humanos. Esse processo pode levar alguns anos até que o novo antibiótico esteja disponível para uso clínico.

Contudo, os resultados são base para que profissionais da saúde e cientistas possam empregar o antibiótico teixobactin em diversas situações. Isso inclui cenários como infecções pós-cirúrgicas, tratamento de implantes e pacientes com fibrose cística. A meta é viabilizar a produção em larga escala do medicamento com preço acessível.

É isso! Gostou do conteúdo? Então, que tal compartilhá-lo nas redes sociais? É importante que todos se conscientizem sobre o risco das superbactérias e adotem medidas para prevenir sua disseminação. Até a próxima!