O mundo em movimento: a influência das placas tectônicas
Esses movimentos, que parecem insignificantes, são responsáveis por fenômenos impressionantes.
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O planeta está sempre em movimento, e isso vai além da rotação ou translação. O principal aqui são os movimentos internos, causados pelo deslocamento das placas tectônicas, grandes massas de rocha que deslizam sobre o manto da Terra em movimento lento e contínuo.
Embora esse movimento pareça insignificante, as placas tectônicas afetam o dia a dia. Além de moldar a geografia do planeta ao longo de eras geológicas, elas também causam fenômenos naturais que impactam diretamente a vida das pessoas.
O que são placas tectônicas?
As placas tectônicas consistem em gigantescos pedaços de um quebra-cabeça que constituem a superfície do planeta. Esses grandes blocos de rocha deslizam sobre o manto, uma camada quente e viscosa situada abaixo da crosta terrestre.
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Portanto, estes blocos ficam sempre em movimento, embora de maneira lenta, e isso mantém a Terra em mudança. Quando entram em contato, podem ocorrer eventos significativos. Elas podem se chocar, afastar-se ou deslizar, levando à criação de terremotos, vulcões e até montanhas.
Nesse sentido, compreender as placas tectônicas ajuda a esclarecer não apenas os fenômenos naturais, mas também a forma como a Terra mudou no decorrer de bilhões de anos. Na verdade, esses grandes blocos são essenciais para revelar a história geológica do nosso planeta.
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Quais tipos existem?
Há duas categorias básicas: as marinhas e as terrestres. As marinhas possuem maior densidade e são mais delgadas, localizadas sob os mares. Por outro lado, as terrestres são mais grossas e menos densas e servem de base para as massas continentais.
Além disso, as placas podem ser categorizadas conforme o seu modo de movimentação. Algumas se afastam, criando novas áreas oceânicas. Ao passo que outras se chocam, formando cadeias de montanhas. Há ainda as que deslizam lateralmente, gerando falhas e terremotos.
Portanto, cada tipo de placa tem um papel único na dinâmica da Terra. Inclusive, as placas tectônicas não só moldam a superfície do planeta, mas também influenciam fenômenos naturais que afetam diretamente a existência como conhecemos.
Como se dá o movimento
O movimento acontece por causa das altas temperaturas internas do planeta, que fazem o manto se mover lentamente. Desse modo, esse movimento arrasta as placas que estão em cima, como se fossem peças flutuando. Claro, é um processo lento, mas constante, que pode levar milhares de anos para gerar mudanças visíveis.
Sendo assim, há três formas: convergente, divergente e transformante. No convergente, as placas se encontram, exemplo da Placa Indiana, criando montanhas ou fazendo uma mergulhar sob a outra. Elas se afastam no divergente, como a Sul-Americana, formando novas áreas oceânicas.
No movimento transformante, as placas deslizam lateralmente, como as do Pacífico e a Norte-Americana, liberando energia e causando terremotos. Esses deslocamentos são essenciais para a criação dos continentes e diversos fenômenos naturais.
Tem impacto nos terremotos?
Os terremotos são um dos efeitos mais conhecidos deste movimento. Ao se chocarem duas placas, a pressão entre elas aumenta até que uma delas cede, liberando energia em forma de ondas sísmicas. É isso que sentimos como um tremor, que pode variar de leve a extremamente destrutivo.
Alguns dos terremotos mais fortes acontecem em zonas de subducção, locais em que um bloco mergulha sob outro. O Anel de Fogo do Pacífico, exemplificando, consiste em uma área com alta atividade sísmica justamente por causa desses choques.
Nas falhas transformantes, como a de San Andreas, os terremotos acontecem no momento em que os blocos rochosos se movem de maneira lateral, liberando a energia que foi armazenada com o passar dos anos.
Sem dúvida, saber como as placas tectônicas influenciam os terremotos ajuda não só a prever esses eventos, mas também a construir cidades mais seguras em áreas de risco. Afinal, é um lembrete de como o planeta está sempre em movimento.
E os vulcões?
Os vulcões também estão diretamente ligados ao movimento dos blocos rochosos, especialmente em áreas onde elas se encontram ou se afastam. No encontro entre duas placas, uma pode mergulhar sob a outra, derretendo e formando magma, que sobe até a superfície em erupções vulcânicas. Inclusive, é assim que surgem vulcões como os do Anel de Fogo do Pacífico.
Já em zonas de divergência, como a Dorsal Mesoatlântica, o afastamento das placas permite que o magma suba, criando novos vulcões e até ilhas, como a Islândia. Esses processos mostram como a atividade vulcânica está ligada à dinâmica interna da Terra.
Além de criar paisagens impressionantes, os vulcões também influenciam o clima e a fertilidade do solo. Ou seja, erupções podem liberar gases e cinzas que resfriam o planeta, enquanto o solo vulcânico é rico em nutrientes, ideal para a agricultura.
Até os tsunamis?
Esses imensos blocos rochosos têm uma influência direta na criação de tsunamis. Aliás, esses fenômenos geralmente ocorrem em áreas onde há atividade sísmica intensa, como nas bordas das placas tectônicas.
Durante o deslocamento de duas placas abruptamente, seja por colisão, subducção ou deslizamento lateral, a energia liberada pode deslocar grandes volumes de água no oceano.
Inclusive, o tsunami de 2004 no Oceano Índico foi causado por um terremoto na zona de subducção entre as placas Indo-Australiana e Euroasiática. Desse modo, o movimento brusco das placas levantou o assoalho marinho, deslocando a água, o que gerou um dos maiores tsunamis registrados.
Além disso, vulcões submarinos e deslizamentos de terra causados por atividade tectônica também podem desencadear tsunamis.
Formação de montanhas e cadeias montanhosas
No instante em que dois blocos continentais colidem, a pressão é tão imensa que as rochas se dobram e se elevam, formando cadeias como o Himalaia. Obviamente, esse processo, chamado de orogênese, pode levar milhares de anos para criar picos gigantescos.
Em regiões onde um bloco oceânico avança sob um continental, o magma do manto sobe e dá origem a vulcões, que, com o tempo, se transformam em montanhas. Um exemplo disso são os Andes, formados dessa maneira, com vulcões ainda ativos.
Além disso, o desgaste causado pelo vento, chuva e gelo esculpe essas formações, criando paisagens únicas. Aliás, as montanhas não só moldam a geografia, mas também influenciam o clima e abrigam ecossistemas ricos.
Portanto, quando sentir um tremor ou admirar uma montanha, lembre-se: tudo começa com essas gigantescas peças do quebra-cabeça da Terra. Já que chegou até aqui, você sabe dizer se piratas existem? Entenda a ameaça atual no mundo marítimo. Até mais!