Explicação da origem da vida em diferentes mitologias

Do caos ao cosmos: a origem da vida através das mitologias

As mitologias nos conectam com nossos ancestrais e nos fazem refletir sobre as grandes questões da existência humana.

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origem da vida
Fonte: Freepik

Desde o início dos tempos, a humanidade se questiona sobre a origem da vida. Muito antes da ciência oferecer explicações, as diferentes culturas criaram seus próprios mitos para explicar como tudo começou.

Mergulhando em diferentes mitologias, podemos encontrar histórias fascinantes sobre o surgimento do universo, da Terra e da vida em si. E é isso que vamos fazer, adentrar diversas mitologias e entender como cada uma explica a origem da vida. Aproveite!

Mitologia Nórdica

Inicialmente, existia apenas o Ginnungagap, um vazio infinito e gelado. Ao norte, jazia Niflheim, um reino de gelo e névoa eterna, governado pela deusa Hel. Ao sul, Muspelheim, um reino de chamas e calor intenso, dominado pelo gigante Surtr.

No centro do Ginnungagap, onde o gelo e o fogo se encontravam, surgiu Ymir, um gigante primordial. Enquanto ele dormia, surgiram do suor de seus braços e das suas pernas uma nova geração de gigantes, perpetuando assim a linhagem dos seres primordiais.

No entanto, a vida não se limitava apenas aos gigantes. Dos restos do gelo derretido de Niflheim, surgiu Audhumla, a vaca primordial, que se alimentava do sal e do gelo, gerando assim o primeiro ser humano, Búri.

Búri, por sua vez, teve um filho chamado Bor, que se uniu à gigante Bestla, dando origem aos primeiros deuses, Odin, Vili e Ve. Então, esses deuses, conhecidos como os Aesir, tornaram-se os arquitetos do mundo conhecido como Midgard, o reino dos humanos.

Além disso, Asgard, a morada dos deuses, foi erguida ao norte, conectada à Terra pela ponte Bifrost. Jotunheim, o reino dos gigantes, localizava-se ao leste, enquanto Niflheim e Muspelheim ocupavam seus lugares originais.

Para iluminar o mundo, Odin lançou faíscas de Muspelheim no céu, criando o Sol, a Lua e as estrelas. Ele também deu vida aos primeiros animais, como o corvo Huginn e o lobo Muninn, seus fiéis mensageiros.

Mitologia Egípcia

Segundo essa mitologia, tudo começou com o oceano primordial, chamado Nun, que era o estado caótico e indiferenciado do universo. Das profundezas, emergiu Atum, o deus primordial, que se autogerou em uma ilha chamada Benben. Assim, Atum gerou Shu, o deus do ar, e Tefnut, a deusa da umidade.

Dessa forma, Shu e Tefnut uniram-se e geraram Geb, o deus da terra, e Nut, a deusa do céu. Estes, por sua vez, se abraçaram, criando o mundo como o conhecemos. Contudo, Shu os separou, erguendo Nut e segurando Geb para baixo.

Os quatro filhos de Atum formaram a Ogdoad, o grupo de oito deuses primordiais que representavam as forças fundamentais do universo. Assim, Atum, Shu, Tefnut, Geb e Nut são conhecidos como os deuses de Heliópolis, a “Cidade do Sol”.

A partir deles, nasceram outras divindades importantes, como Osíris, deus da fertilidade e da agricultura, Ísis, deusa da magia e da maternidade, Seth, deus do deserto e do caos, e também Néftis, deusa da noite e da morte.

Aliás, Osíris e Ísis governaram o Egito com justiça e sabedoria. Porém, Seth, invejoso do poder do irmão, o assassinou e usurpou o trono. Ísis, com a ajuda de Thoth, deus da sabedoria, e Anúbis, deus da mumificação, ressuscitou Osíris, que então se tornou o juiz dos mortos no submundo, enquanto Ísis continuou a governar o Egito, com seu filho Hórus.

Mitologia Maori

Te Kore era um vazio infinito e escuro. Dentro dele, habitava Io, o Ser Supremo, a fonte de toda a criação. Io se dividiu em dois, criando Te Po, a noite, e Te Ao Marama, o dia. A partir dessa união, nasceram os primeiros seres, incluindo Ranginui, o céu, e Papatūānuku, a terra.

Dessa forma, Ranginui e Papatūānuku se abraçaram, dando origem ao mundo como o conhecemos. Assim, seus filhos, os Tāne Mahuta, as árvores, e os Tawhirimatea, os ventos, separaram os pais, criando espaço para a luz e a vida.

Então, Rangi, deus do céu, gerou Tāne Mahuta, o deus das florestas e dos pássaros. Tāne, por sua vez, gerou Tūmatauenga, o deus da guerra, e Rongo, o deus da agricultura. Tāne também deu origem a Hine-nui-te-pō, a deusa da noite e da morte. Assim, a origem da vida vem a partir desses deuses ancestrais.

Mitologia Hindu

Na Mitologia Hindu, a origem da vida é descrita em um contexto cósmico e espiritual, refletindo a crença na eternidade e na interconexão de todas as coisas. Assim, existia apenas Brahman, a realidade suprema e absoluta. Inclusive, Brahman é descrito como uma consciência universal, impessoal e infinita, que permeia tudo o que existe.

De Brahman, emanou Purusha, o ser primordial masculino, e Prakriti, a natureza primordial feminina. Dessa maneira, Purusha representa a consciência individual, enquanto Prakriti representa a matéria e a energia.

Sendo assim, Prakriti se manifestou em três gunas, ou qualidades: sattva (pureza), rajas (atividade) e tamas (inércia). A partir da interação das gunas, surgiram os cinco elementos básicos: terra, água, fogo, ar e éter.

Do éter, nasceu o som, que se manifestou como a palavra sagrada Om. Om é considerada a vibração primordial que deu origem ao universo. A partir do som, surgiu o Hiranyagarbha, o ovo cósmico, que continha em si todas as potencialidades da criação.

Do Hiranyagarbha nasceu Brahma, o criador. Brahma então moldou o universo, criando os deuses, os seres humanos e todas as formas de vida. Além disso, Brahma também deu origem ao ciclo de criação, preservação e destruição, que se repete eternamente.

Independente da sua crença, a origem da vida é sempre um tema extremamente lindo e simbólico em todas as culturas. Inclusive, você sabe qual é o lado invisível da realidade? Descubra por meio de um passeio pelas superstições mais populares. Até breve!

Bárbara Luísa

Graduada em Letras, possui experiência na redação de artigos para sites, com foco em SEO. Meu foco é proporcionar uma experiência agradável ao leitor.

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