Conclave: como funciona o processo de escolha de novos papas

Conclave: descubra os bastidores de um dos encontros mais secretos do mundo

O conclave continua a ser um evento de grande importância, que nos lembra da complexidade e da beleza da fé.

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Fonte: Freepik

Quando a gente escuta falar em conclave, logo vem à mente a imagem da Capela Sistina fechada, fumaça saindo da chaminé e o mundo todo esperando por um nome. Mas o que pouca gente percebe é como esse processo envolve tradição, política e fé, tudo ao mesmo tempo. E mesmo parecendo algo distante, ele influencia diretamente milhões de pessoas.

Aliás, o conclave não é só uma escolha religiosa, é também uma decisão que impacta culturas, discursos e até relações internacionais. Por trás das portas trancadas, os cardeais seguem regras antigas, mas também lidam com pressões atuais. Entender esse ritual ajuda a enxergar o tamanho da responsabilidade envolvida.

O que é um conclave?

Já se perguntou como a Igreja Católica escolhe um novo papa? Antes de entra, de fato, no significado, a palavra ‘conclave’ vem do latim ‘cum clavis’, que significa ‘fechado com chave’. Certamente, isso já dá uma pista do que esperar. Basicamente, é uma reunião supersecreta de cardeais, trancados a sete chaves, até que um novo papa seja eleito.

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Desse modo, o objetivo principal do conclave é permitir que os cardeais escolham o novo líder da Igreja sem qualquer pressão ou influência externa. Para garantir isso, eles ficam completamente isolados do mundo exterior. Sem celulares, sem notícias, sem nada, focados unicamente nessa missão.

Como é de se esperar, a eleição de um novo papa é um processo bem antigo e cheio de rituais, mistérios e tradições. É um evento político, sim, mas também espiritual, onde os cardeais buscam a orientação divina para tomar a melhor decisão para a Igreja Católica.

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Como é convocado um conclave?

O processo começa imediatamente após ser verificada a morte do pontífice. Em seguida, o Cardeal Camerlengo, responsável por administrar as questões do Vaticano enquanto o trono papal permanece vago, assume uma função essencial. Ou seja, ele é quem oficialmente constata o falecimento e toma as providências iniciais. Aliás, uma das primeiras ações é lacrar os aposentos papais e notificar todos os cardeais ao redor do mundo.

Inclusive, o conclave não acontece imediatamente. Existe um período de espera, geralmente entre 15 e 20 dias após a morte do Papa. Afinal, esse tempo é usado para realizar os funerais, permitir que os cardeais cheguem a Roma e para que ocorram as chamadas Congregações Gerais.

Nessas reuniões, os membros do Colégio Cardinalício debatem os assuntos relacionados à Igreja e organizam os detalhes para a escolha do novo papa. Por isso, trata-se de um período dedicado à análise e organização antes do processo de votação. Nesses encontros, também é definido o dia preciso em que terá início o conclave.

Essa escolha considera diferentes aspectos, como a presença dos cardeais e o tempo necessário para organizar a estrutura do evento. Após o agendamento, todos os membros votantes do colégio (com menos de 80 anos) são chamados para comparecer. A partir daí, a expectativa global cresce em torno do desfecho da eleição.

O processo de votação no conclave

Depois da celebração religiosa realizada pela manhã na Basílica de São Pedro, os cardeais seguem para a Capela Sistina, onde começa a escolha do novo líder da Igreja. Nesse local, a confidencialidade é essencial: o ambiente é cuidadosamente verificado para assegurar que não haja equipamentos de gravação ou escuta.

Aliás, a votação ocorre em segredo. Cada membro do colégio redige o nome do candidato preferido em um papel, o dobra cuidadosamente e o coloca dentro de um recipiente. Os cardeais contam os votos e, se nenhum candidato alcança dois terços, queimam as cédulas com naftalina. A cor escura da fumaça indica que nenhum nome foi escolhido até o momento.

Porém, assim que um nome recebe o número exigido de votos, os votos são incinerados com uma substância especial que produz a fumaça clara. Esse sinal anuncia ao mundo que elegeram um novo papa.

Nos primeiros três dias, os cardeais realizam até quatro votações por dia: duas pela manhã e duas à tarde. Se não chegam a um consenso, eles interrompem o processo por um dia de oração e reflexão. Depois dessa pausa, retomam as votações normalmente. Curiosamente, nos últimos 11 conclaves, nenhum durou mais de quatro dias.

Caso, depois de diversas etapas de escolha, o resultado ainda não tenha sido decidido, os membros do colégio podem optar por ajustar os procedimentos, tornando a votação mais direta na tentativa de alcançar um acordo. Contudo, esse recurso só é adotado em casos de bloqueio duradouro. O objetivo principal permanece sendo a harmonia entre os eleitores e a busca por inspiração espiritual na definição do próximo papa.

O que acontece após a eleição do papa?

A fumaça branca finalmente surge da chaminé da Capela Sistina e, claro, o mundo está de olho. E agora? O que acontece a seguir é uma sequência de eventos carregada de simbolismo e significado. Não se trata apenas da escolha de um novo chefe religioso, mas da passagem de comando e da preservação da trajetória da Igreja Católica.

Primeiramente, os cardeais perguntam ao eleito se ele aceita o cargo. Se aceitar, ele também escolhe seu nome papal. Este momento é fundamental, pois marca o início oficial de seu pontificado. Nesse sentido, essa etapa é essencial, pois representa o começo formal de seu governo como pontífice. Por isso, a seleção do nome tem grande importância.

Logo após a aceitação, o primeiro dos cardeais-diáconos surge na varanda principal da Basílica de São Pedro para comunicar: ‘Habemus Papam!’ (‘Um novo Papa foi escolhido!’). Obviamente, trata-se de uma ocasião marcada por entusiasmo e festividade. Depois, o recém-eleito líder da Igreja surge para cumprimentar os fiéis e oferece sua bênção inicial à cidade e ao mundo, conhecida como Urbi et Orbi.

Alguns dias depois da escolha, o novo papa toma posse oficialmente na Basílica de São João de Latrão, a principal igreja de Roma. Essa cerimônia marca o início real de sua tarefa como líder espiritual da comunidade católica. A partir daí, ele passa a exercer as funções de conduzir a Igreja, designar bispos e cardeais, além de representar a Igreja Católica globalmente.

Protinho! O conclave vai além de uma mera seleção de um novo chefe; é um período de intensa meditação e conexão espiritual para a Igreja Católica. Agora que você chegou até aqui, descubra os principais santos católicos: exemplos de devoção e excelência moral. Até breve!

Bárbara Luísa

Graduada em Letras, possui experiência na redação de artigos para sites, com foco em SEO. Meu foco é proporcionar uma experiência agradável ao leitor.

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