De volta à vida: conheça os animais extintos que os cientistas desejam ressuscitar
Dodôs, mamutes-lanosos e tilacinos podem voltar à vida no futuro graças aos avanços na engenharia genética.
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Ao longo da história da humanidade, inúmeros animais foram extintos, seja por causas naturais ou por ações humanas, como a caça e a destruição do habitat. Por outro lado, a ciência tem avançado no campo da engenharia genética, caminhando para a possibilidade de ressuscitar as espécies que desapareceram.
A ideia é que, ao trazer de volta essas espécies, poderemos aprender mais sobre elas e seu papel no ecossistema, além de ajudar a preservar a biodiversidade do planeta. Vejamos a seguir alguns animais que já não existem mais, mas que cientistas querem ressuscitar:
1. Tigre-da-tasmânia
O tigre-da-tasmânia, também conhecido por tilacino, era um marsupial carnívoro que viveu na Austrália e na Tasmânia. O animal que possuía tamanho médio, com cerca de 1 metro de comprimento, podia pesar até 30 quilos e foi caçado até a extinção no século XIX.
Com esforços para sequenciar o genoma desses animais, a esperança é recriar uma população e reintroduzi-la em seu habitat. Mas, talvez, você esteja se perguntando o motivo.
O tigre-da-tasmânia era um predador de topo na cadeia alimentar da ilha da Tasmânia. Sua extinção deixou um vazio no ecossistema, que pode estar contribuindo para o aumento das populações de animais herbívoros, como cervos e ovelhas.
Dessa forma, ao trazerem o tigre-da-tasmânia de volta à vida, os pesquisadores pensam em controlar essas populações e restaurar o equilíbrio do ecossistema.
2. Mamute-lanoso
O mamute-lanoso era um mamífero herbívoro que viveu na Europa, Ásia e América do Norte durante a última era glacial. Ele era um animal imponente, com cerca de 4 metros de altura e 10 toneladas de peso. Aliás, você deve reconhecê-lo da animação A Era do Gelo.
Ao longo de milhares de anos, os mamutes-lanosos evoluíram para enfrentar os desafios extremos de sua era. Sua pelagem espessa, por exemplo, desempenhava um papel crucial na regulação térmica, garantindo que estes gigantes pré-históricos permanecessem confortáveis nas condições glaciais.
Apesar de sua adaptação, fatores como mudanças climáticas, caça humana e a pressão ambiental, resultante do avanço das sociedades antigas, contribuíram para o declínio dessas titânicas criaturas.
A busca pela ressurreição deste animal da Era do Gelo tem um propósito de ser. Os cientistas acreditam que o mamute-lanoso poderia ajudar a combater as mudanças climáticas, visto que eram grandes consumidores de pasto, o que ajudaria a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
3. Dodô
O dodô era um pássaro não voador que viveu na ilha Maurício, localizada no Oceano Índico. Ele era um animal de porte médio, com cerca de um metro de altura e 20 quilos. Além disso, apresentava um corpo robusto, patas curtas e um bico longo curvo.
O dodô foi descrito pela primeira vez pelos exploradores portugueses no século XVI. Aliás, era considerado uma espécie endêmica e não tinha predadores naturais.
Embora fosse uma espécie inofensiva, foi caçado até ser extinto pelos humanos. Contudo, atualmente, existem cientistas que estão estudando a possibilidade de ressuscitar o dodô. O projeto de pesquisa é liderado pela Colossal Biosciences, uma empresa atuante nas áreas de biotecnologia e engenharia genética.
Aliás, a empresa também está por trás dos projetos que objetivam trazer a vida o tigre-da-tasmânia e o mamute-lanoso. Os pesquisadores acreditam que o dodô poderia ajudar a entender a evolução dos pássaros e a importância da conservação da biodiversidade.
Os desafios da ressurreição de animais extintos
A ressurreição de animais extintos é uma tarefa complexa e desafiadora. Isso porque os cientistas precisam encontrar DNA antigo preservado em condições adequadas. Considerando que o DNA é uma molécula frágil que se degrada facilmente com o tempo, o DNA de animais que viveram há milhares ou milhões de anos é muito raro e difícil de encontrar.
Um método funcional quando pensamos na possibilidade de trazer animais extintos de volta à vida é procurar por DNA em amostras de gelo, sedimentos ou permafrost. Outra opção é a busca por DNA em fósseis.
Outro grande desafio é desenvolver técnicas de engenharia genética que sejam capazes de gerar um animal por meio de um DNA antigo. Essas técnicas são complexas e ainda estão em desenvolvimento. A clonagem, por exemplo, é um processo que envolve a criação de um animal idêntico a outro. Dessa forma, os cientistas podem usar a clonagem para criar um animal a partir de um DNA antigo.
Já a edição de genes requer a alteração de sequências específicas de DNA. Isso significa que os cientistas podem inserir genes específicos do DNA antigo em um animal vivo. Além disso, é preciso considerar os impactos ambientais da ressurreição de uma espécie extinta, visto que ela pode desequilibrar o ecossistema. De todo modo, as pesquisas nesse campo ainda seguem em desenvolvimento.
Tá na mão! Você acha que estes animais extintos podem voltar à vida em um futuro? Agora, se curtiu este post, compartilhe nas redes sociais com seus amigos e familiares que também amam aprender sobre curiosidades do reino animal.